segunda-feira, 17 de junho de 2019

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A Guerra dos Mascates é um bem-humorado relato da histórica rivalidade entre os portugueses do Recife e os brasileiros de Olinda, por volta de 1710, época em que Recife prosperava, principalmente pela atuação dos comerciantes portugueses, chamados "mascates".
As personagens principais parecem ser Vidal Rebelo, filho de mercador e partidário do Recife e D. Leonor Barbaro, aristocrata olidense, mas a narrativa gira mesmo em torno da família de Simão Ribas, um mascate de Recife, muito caricaturável, casado com um senhora, digamos igualmente exótica, senhora Rufina Ribas. Simão fala trocando os "erres" pelos "eles",com o cebolinha, personagem infantil de Maurício de Sousa.
Há ainda duas curiosas histórias de amor. A primeira entre Lisardo de Albertim, poeta de qualidade mediana, residente em Olianda e Isabel Viana, alcunhada de Belinhas, irmão do jovem Nuno, um garoto bastante desastrado que tenta conquistar a adolescente Marta, igualmente travessa, filha de Simão Ribas, imitando o amigo Lisardo.

Trechos do livro:

-Pois coração, também eu tenho tenho, que bem me puxa, e a arrebentar.
-Lá para Olinda! Replicou Lisardo pasmo
-Para lá mesmo!...Ah! você não sabe ainda, que lhe não contei. Pois o almotacé não teve o descoco de me dizer ontem quando lhe falei de casar com a filha, a Marta, que eu ainda era um criançola, e que havia de contar ao pai para ele ralhar comigo!...
[...]
Acabava Belinhas de comunicar à amiga que o Lisardo aquela hora devia estar ao pé da cerca esperando vê-la na rótula; e Marta lembrava-se do Nuno que andava por longe, quando a ameaça da Senhora Rosaura de mandar o filho para Lisboa, arrancou-lhe aquele mavioso suspiro.
[...]
Na frente ia uma ronda para assegurar o caminho, e evitar a Leonor o susto de achar-se envolvida em alguma paleja. Foi essa vanguarda que, vendo gente armada no pátio, cerco-o  com a intenção de aproximar-se à liteira, ao que se opôs o Lisardo.
Sabedor das façanhas do Nuno, o Vital mais ou menos atinou com a explicaçâo  daquela salada; além de que o Nuno não se fez rogado para confessar. A pergunta do que ali fazia àquela hora respondeu:
-Estou à espera de um padre para casar Belinhas com Lisardo, e Marta comigo.
-E o consentimento de meu primo Simão Ribas e do Senhor Viana, já o deram?
-Em tempo de guerra, não há necessidade disso. Estas damas foram libertadas por mim e podem dispor livremente sua mão.
Riu-se Vital.
[...]
Desta vez foi o Nuno que abraçou com um entusiasmo seu protetor.
Agora chegue-se  cá, moço, disse a Senhora Rufina, e ouça-me bem.
Você está muito criança ainda para casar...
-Dezoito anos...quis protestar Nuno.
-Dezesseis, menino! acudiu a Senhora Rosaura.
-Está vendo. Lá para os vinte, se comportar-se como homem, não digo que não. Até então pode ver sua noiva, na missa aos domingos, ou aqui em casa nas quatro festas do ano.
[...]
Personagens:
-Vidal Rebelo
-D.Leonor Barbalho
-Simão Ribas
-Sr. Rufina Ribas 
-Lisardo de Albertim 
-Isabel Viana
-Belinhas
-Nuno
-Marta

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